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Da Obra «MAR, AMOR, ILHA»
O livro de Poemas «MAR, AMOR, ILHA» foi publicado em 1989 e é uma edição do Jornal da Madeira, com o Depósito Legal n.º 29. 353 / 89.
Alguns Poemas incluídos nesta Obra:
VIAGEM
PARTO PARA O MAR
COMO VELA SEM DESTINO
BALANÇA DE INFINITO
Á PROCURA DE UM FIM!
HORAS DE NÁUFRAGO
ONDE NEM SEQUER A PALMEIRA
SACIA ESTA ÂNSIA DE VERDE!
APRENDI
COM A ILHA CRESCI
E SEM SABER
ONDE O MEU ESPÍRITO POISA
E O DESTINO TERMINA
SOU ALGA DO MAR
SOU QUEBRADA PERDIDA
ILHA
Á PROCURA DE MIM!
António Castro
TRANQUILIDADE
VEM, NÃO PEÇAS
NÃO DÊS
NEM PLANOS, NEM RECEIOS
VEM POR VIR, SEM FUTURO!
SEM PUDORES
QUANDO A ALMA
SE ABRIR EM CONCHA
SEM PROMESSAS...
ESSAS PODEMOS DÁ-LAS
AOS OUTROS
OS DESEJOSOS DOS DESTINOS
INQUIETOS
E DAS ÂNSIAS DESMEDIDAS!
VEM SEM ESPERAR MUITO
E O IMPORTANTE
É NÃO PEDIR!
SIM, DE QUE SERVE AFINAL USAR A VOZ
SE UM OLHAR ONDE BRILHAM
SILÊNCIOS
PODE DAR AS ESTRELAS
DA NOITE?
António Castro
MARÉS DE DESEJO
SE A MARÉ DA TUA BOCA
VIESSE MAIS VEZES
AO CAIS DA MINHA VOZ CALADA
HAVERIA FESTA NO MAR
QUANDO A ALGA DA TUA MÃO ABERTA
FIZESSE ESPUMA NO MEU OMBRO!
E SÓ UMA BARBATANA NOS GUIARIA
AOS MISTÉRIOS QUE DO SAL SE ERGUEM!
OS MEUS LÁBIOS DE CONCHA
ABRIR-SE-IAM MAIS LEVES
E O TEU ARCO-ÍRIS TOCARIA NO MEU
TODOS OS DIAS!
António Castro
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